
Eu mesmo envelheci. Olha, em relevo, estes sinais em mim, não das carícias (tão leves) que fazias no meu rosto: são golpes, são espinhos, são lembranças da vida a teu caminho, que ao sol-posto perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto à hora de dormir, quando dizias: "Deus te abençoe", e a noite abria em sonho. É quando, ao despertar, revejo a um canto a noite acumulada de meus dias, e sinto que estou vivo, e que não sonho."
(Carlos Drummond de Andrade)
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