:: Que venha outubro! ::

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Outubro é o mês do meu aniversário e de algumas pessoas que eu conheço também!
É o décimo mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 31 dias...e deve o seu nome à palavra latina octo (oito), pois era o oitavo mês do calendário romano, que começava em março (curioso isso). Outra curiosidade é que outubro começa sempre no mesmo dia da semana que o mês de janeiro, quando o ano não é bissexto.
Algumas pessoas, sobretudo escritores, poetas, pensadores, que aprecio bastante também são do mesmo mês, tais como:
  • 2 de outubro de 1869 - Mahatma Gandhi;
  • 9 de outubro de 1893 - Mário de Andrade;
  • 15 de outubro de 1844 - Friedrich Wilhelm Nietzsche;
  • 19 de outubro de 1913 - Vinícius de Morais;
  • 31 de outubro de 1902 - Carlos Drummond de Andrade.
Muitas outras pessoas de peso também nasceram nesse mês! E também existem datas comemorativas bem interessantes ao longo dele.
A você, que também comemora mais uma primavera na primavera, PARABÉNS!


É loucura...

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" É loucura odiar todas as rosas porque uma delas te espetou...

Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou...
Perder a fé em todas as orações
porque numa não foste atendido...
Desistir de todos os esforços
porque um deles fracassou...
É loucura condenar todas as amizades
porque uma te traiu...
Descrer de todo amor porque um deles te foi infiel...
É loucura jogar todas as chances e ser feliz porque uma tentativa não deu certo
Espero que na tua caminhada
não cometas estas loucuras!
Lembrando sempre que
outra chance...

uma outra amizade...
um outro amor...
uma nova força..."

(desconheço a autoria)

Espelho fosco...

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"Se sentir amedrontado sempre fará parte das nossas vidas: seja pela influência que alguém pode exercer sobre nós, seja devido à nossa submissão, pelo que poderemos fazer a nós mesmos.

Às vezes damos às pessoas nossas melhores fases, dias, sentimentos. Acabamos até mesmo dando aquilo que não tivemos. Mas o espelho é fosco, não consegue irradiar de volta o brilho que lhe é lançado e tudo aquilo acaba se pulverizando no ar.

As pessoas se desencontram, por um simples gesto, palavra, desejo. Acabam se desviando do caminho que pensaram, um dia, percorrerem juntas. O caminho de volta nem sempre é fácil e mesmo assim quando conseguem vislumbrar, ao longe, algum atalho que poderia levá-las de volta ao ponto de partida, nem sempre estão dispostas a tomá-lo.

Quando e por que razão, se o gostar era mútuo e verdadeiro, a outra pessoa passou a não ter encanto? E tudo que se passa a procurar então é o cheiro de uma nova pele, outro tipo de aproximação?

Aparecem então os questionamentos clássicos: "Quem errou, em que momento? Qual teria sido a palavra inconveniente? Quando aconteceu a primeira incompreensão grave? Porque foi impossível entender-se e recomeçar, partindo desse novo entendimento?"

De repente percebemos: estamos tão distantes, desinteressados. Descobrimo-nos desestimulados, sem abrigo algum.

Mas algumas relações dão certo... - por um tempo ou pelo tempo de uma vida inteira.
Qual seria tal recurso, se é que existe mesmo ao alcanse de nós, ou melhor, alguns privilegiados?
Seria apenas fruto do acaso? Ou é o fato de sermos os donos das nossas próprias rédeas?
Foram arrancadas de nós? Ou as deixamos escorregarem?

Escolhas nem sempre são muito conscientes.

É...a vida não tem muito jeito mesmo."

:: Vento no litoral ::

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Abraços

:: Ausência ::

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"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces

Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.

No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida.
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados. Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.

Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.

Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos...
Mas eu te possuirei mais que ninguém, porque poderei partir...
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada."

(Vinícius de Moraes)

Rabiscos no coração...

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"Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de sermos e de fazermos os outros felizes. Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento. Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse jardim e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos... Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosas.
Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamo que não temos suficiente.
Cobramos.
Dos outros.
Da vida.
De nós mesmos.
Nos consumimos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa
Passamos pela vida...não vivemos.
Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora ?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruirmos alguma coisa, de darmos o abraço amigo, de dizermos uma palavra carinhosa, de agradecermos pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais pra amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso
Não olhe para trás.
O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciarmos as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltarmo-nos pra Deus e agradecermos pela vida, que mesmo efêmera... ainda está em nós...Não perca tempo!"

Um pouco de poesia...

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"Caminho entre as minhas perdas
-que são insetos escuros-
e meus ganhos, douradas borboletas.

A luz de uma paixão, o dedo da morte,
o lento pincel da solidão
desenharam meus contornos, firmaram
meu chão.

Que liberdade não precisar pensar;
que alívio não ter de administrar
a minha vida:
apenas andar,
apenas olhar, apenas
ouvir essa voz, essas vozes
que vêm de longe, passam por mim
e não me dão a menor importância

porque no vasto oceano
a minha eventual desarmonia
é apenas uma gota
desafinada.
Mais nada."

:: De onde vem o amor? ::

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" Deve vir de perto, de um olhar que se cruza

De um sentimento que desperta
Dos romances que viram poesias
Das poesias que viram canção
Das canções que inflamam o coração.
Vem do desejo que quer ser real


Vem da vontade que se perde num beijo
Vem da coragem que move o covarde
Vem das folhas que caem no chão


E vem da chuva que molha a grama

Da flor que ainda vai desabrochar

Do casulo que guarda um segredo
De um ovo pronto a chocar

De onde vem o amor?

Deve vir de bem longe...

Daquilo que está além do horizonte
Daquilo que os olhos não vêem
Daquilo que a razão não explica
Daquilo que não se pode desenhar
Daquilo que não se sabe escrever
De uma língua que não se sabe traduzir...
De onde vem o amor?

Vem de um lugar escondido

Ou tão perto que não se vê...

Só se sabe que quando vem

Vem pra ficar...
"
(desconheço a autoria)

:: Aonde está você, além de dentro de mim? ::

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Hoje estou sozinho. Não tenho comigo aquele que seria alguém muito especial na minha vida. E como isso me faz falta!
Poder ir ao cinema junto, contar histórias de livros, ler revista, abraçar, beijar, tocar, morder, dormir de conchinha, fazer cafuné, essas coisas normais e tão simples que tanto fazem bem à alma daqueles que sabem amar. Sim...porque existem os que dizem que amam, mas amam pela metade. São como aqueles que dizem tomar banho de mar...mas que na verdade entram, no máximo...e olhe lá, até a altura dos joelhos, mas mesmo assim continuam dizendo que tomam banho de mar.
Tomam nada...
...e aqueles outros não amam nada também! Fingem de maneira tortuosa ainda.
Querer estar com alguém, 'ter alguém', amar e ser amado da maneira mais verdadeira que possa existir, não pode ser sinônimo de alguém fraco, dependente, que não consegue ir adiante na vida por estar sozinho, de sonhador alienado, sentimentalista... no sentido negativo da palavra, de alguém que se anula em função da outra pessoa, de alguém que passa a viver a outra vida e não a sua própria e por ai vai. Não, não pode!

Aonde está você? Que sente, pensa e que ama verdadeiramente... Aonde está?


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Aquela velha sensação está me rondando já faz uns dias. E não gosto disso. É uma lembrança aqui, uma falta ali, um desejo acolá. Fotos, músicas, lugares, pessoas em comum, tudo parece reviver de uma hora pra outra.
É uma droga...
Mas por outro lado, sentir isso mostra que temos ou tivemos um lado (que não deve ser vergonhoso em momento algum) vivo, bonito, capaz de viver o que TODOS, sem exceção, querem sentir, por mais fortes, durões, blindados, auto-suficientes, inatingíveis que possam existir por este mundo...moderno.

"Comigo isso não acontece..."

Pode-se ouvir por ai. Ah...conversa fiada, né?

Pra esses, que por ventura passarem por aqui, dedico a poesia abaixo e faria até mesmo um tipo de "apelo":
Permitam-se!
Abraço a todos.
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Um Dia

" Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem
Você não só esquece a outra pessoa, como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia percebemos que ser classificados como 'bonzinhos' não é bom
Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase:
'Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...'
Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...
Enfim...Um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos nossos sonhos, para dizer tudo o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida, ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar, tão pouco compreenderá uma longa explicação. "

(Mário Quintana)

Cá com meus dedos...

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Engraçado como certas coisas na vida acontecem sem que esperemos por elas. Talvez seja essa a maneira mais sábia de viver: viver sem maiores expectativas diárias. Viver o dia, o momento.
Não sei, não sei...
E com essas surpresas pode acontecer o surgimento de pessoas, situações e junto com isso podemos descobrir algumas coisas boas: pérolas...quase sempre lançadas aos porcos!
Tudo bem, que sejam lançadas, já que evitar isso pode ser um pouco complicado. O importante é que elas rolem ladeira abaixo...e que possam chegar aos que se diferenciam daqueles!
E isso aconteceu! Que bom!
Quero aqui colocar um texto maravilhoso que descobri com toda essa movimentação. Já li muita coisa sobre perdas, separação, rupturas desastrosas que deixam marcas pela vida inteira. Mas esse texto é capaz de dizer quase tudo, na minha opinião. E de quebra ainda dá uma espécie de "receita". Tão simples e clara...como realmente deveria ser. Tudo.
A outra coisa boa que veio junto com isso? Ah...isso aí é uma outra história!
Apreciem o texto!
Abraços
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A Despedida do Amor

" Existem duas dores de amor:

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um "souvenir", lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...

E só então a gente poderá amar, de novo."

(Martha Medeiros)

 

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