Zerar tudo

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Aparentemente, zeramos tudo com o começar de um ano. Acho que a idéia é essa mesmo: recomeço...mas retomadas também têm seu espaço nessa época nova.
Ontem à noite, fui próximo à Esplanada dos Ministérios ver a queima de fogos. Onde não existe mar, vamos de Ministérios mesmo. Estava lotado de pessoas, por isso fiquei meio ao longe, observando o "desespero" da multidão e lá estava eu tentando mergulhar nos meus pensamentos, fazendo meus balanços, conferindo o saldo de tudo que se passou comigo.
Depois de quase um ano, isso mesmo, quase um ano sem escutar a voz do meu amor, liguei pra ele. Sim, não ria! Não é pelo fato de ele estar longe que não tenho direito a um amor e de amá-lo! Uma coisa não impede a outra! Somos, sim, vítimas de uma situação. Aquelas arapucas da vida. Não me perguntem os motivos, as razões, etc. Simplesmente não tenho as respostas, nem muito menos saberia explicar porque gosto tanto dele, mesmo de longe e quando tudo contribuiu para nos manter separados: os desencontros, os problemas que cada um de nós passou e tantas outras coisas. Mas digo por mim: apesar de tudo isso, nunca consegui esquecer, nunca consegui me interessar por outra pessoa, acho que porque no fundo nunca quis outra pessoa que não fosse o meu
peposo. Essas coisas não se explicam. O que importa para mim é que ele existe. Apenas está longe ainda. Ainda.
Ficaria muito feliz se ele sentisse as mesmas coisas também, a seu modo, claro..., porque sinceramente falando, já que o que importa é o momento presente, hoje ainda não vejo meios de deixar de gostar nem de amá-lo.
Então continuando, liguei pra ele. Estava com medo, confesso. Medo não, ansioso. Enquanto o telefone tocava, eu desacelerava o carro...e meu coração acelerava a cada toque. Eu tinha medo de que ele não respondesse; era uma possibilidade. Também tinha medo de que atendesse e me tratasse friamente; outra possibilidade. Eu o conheço e saberia reconhecer sua reação com um simples "alô".
Fiquei tão feliz por ele ter me chamado de "moor". Posso parecer uma criança boba, mas aquilo me fez um bem tão grande, um simples carinho dito! Foi ótimo poder falar com ele, escutar sua voz, que aliás, eu sabia exatamente como era ainda.
A saudade veio com tudo nos momentos seguintes. Tristeza também, por imaginar e sentir que naquela hora, nós dois poderíamos estar juntos. Mas não quero, nem vou me entristecer com isso, pelo contrário, pois ele está com saúde e vivo.
Como disse no início, recomeço também tem espaço para retomadas, novos projetos, novas esperanças.
Meus abraços, beijos, desejos, paixão, carinhos sufocados durante todo esse pesadelo ficarão guardados até que ele possa recebê-los...Que seja breve, meu Deus!
Terminando, fiz um pequeno vídeo da queima de fogos...enquanto minha cabeça estava em um certo balneário no sul. (risos)
A qualidade não é boa, mas apenas para dar uma idéia de como foi. Quem sabe meu próximo será à beira mar e em muito boa companhia. Quem sabe.
Bom início de ano a todos!

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