Pedaços de mim

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"Escrevendo sou realista
Sei que me exponho a comentários
Mas de que vale a prosa senão o verso?
E em vão as bocas ruminam

Falo de amor e de rimas desmedidas
Escrevo sobre máscaras e o tempo
Sobre fotos e meu cabelo ao vento
E ouço críticas ao relento

Todos os relógios deveriam ser de ouro
Com os minutos em pedras preciosas
Os ponteiros do mais puro marfim
Para que valorizassem o dia nosso de cada dia


Quando jovens tentamos ansiosamente
Adiantar os pequenos e indefesos ponteiros
Na maturidade paramos inutilmente de dar corda
Como se o sentido do prosseguir fosse mudar

E para continuar a cada dia, tentar finalizar
Escrevo pedaços de mim, até dois
Para que no futuro me lembre de Quintana
Ao me pedirem pra falar um pouco sobre mim."
(Heider Moutin)

Achei este poema pela net e de alguma maneira, com alguma parte dele acabei de identificando.
Quanto a mim, estou num "estado-limão" por esses dias.
Tempo, passe logo e leve isso que não sei o que é para bem longe de mim...

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